Discipulado de Casais - 24/10/2013

Encontro Aberto

Dirigência: Casal articulador da Extensão

Local: Nas Sedes das Extensões

Participação: Todos os casais que caminham no Discipulado de Casais. Encontro aberto para outros casais que queiram participar.

18:00h – Ambientação: preparar espaço bem bonito, etc

19:00h – Louvor e Súplica ao Espírito Santo

19:30h – Palavra de Deus / pregação (Lucas 12,35-38)

19:45h  Reflexão

Distribuir cópias do texto a seguir e ler com voz clara, firme e pausada:

Nós casais do DJC precisamos ser homens e mulheres a espera do Senhor, vinte e quatro horas de nossas vidas, como sendo fiéis a Ele na meditação da sua palavra, na oração, nas santas missas e viver a sua palavra verdadeiramente no nosso trabalho, na rua, principalmente na nossa casa e na nossa família, onde é mais difícil.

Ser bonzinho na rua ou no nosso trabalho é fácil. E em casa, onde nós somos nós mesmos com o nosso esposo e esposa, filhos, será que nós estamos vivendo verdadeiramente esta espera do Senhor? Será que nós estamos dispostos a viver essa graça do Espírito Santo em nós?

No amor, na esperança, no cultivar o carinho marido e mulher ou será só no retiro e nos encontros?

Que cada vez que lemos a palavra de Deus possamos tirar algo para o nosso matrimônio: isso não está correto; isso ou aquilo eu tenho que mudar com a minha esposa e com meu esposo; eu preciso ser melhor.

No mundo nós sempre queremos ser melhor, queremos que os outros nos vejam como melhor, mas para isso, eu preciso deixar que o Espírito Santo me modele muitas vezes. Nós precisamos nos tornar barros como somos para que a água do Espírito Santo desça sobre esse barro duro e seco e vá fazendo-nos de novo.

Todo dia nós precisamos dessa água viva em nós, porque senão nós olhamos um para o outro e só vemos os defeitos. Não vemos o nosso, é claro, mas o defeito do outro é tão grande que nós muitas vezes não somos capazes nem de olhar para ele ou ela de tanto defeito que ele ou ela tem. Por isso meu irmão e minha irmã, nós casais precisamos ser diferentes. Precisamos ser vigilantes porque o Senhor diz na sua palavra: “Felizes os empregados que o Senhor encontrar acordado quando chegar”. Vamos supor se eu e meu esposo estivermos brigados, carrancudos, cheios de mágoas e ressentimentos um com o outro, tristes, sem fé e aí como que Jesus vai fazer conosco? Por isso, todos os dias, precisamos pedir ao Espírito Santo para batizar os nossos olhos, o nosso coração em relação ao nosso cônjuge. Se nossos olhos estiverem cheios do Espírito Santo para ver nossos cônjuges com muito amor, porque é pelo olhar que vêm os sentimentos do coração.

O nosso corpo é templo do Espírito Santo. Por isso precisamos cuidar bem dele, viver arrumado e limpo para Deus e para o outro. Precisamos cultivar o tesouro que Deus nos deu que é o nosso esposo, nossa esposa e nossa família. Precisamos buscar reavivar a cada dia a nossa vocação na qual Deus nos chamou. Essa vocação maior que é o matrimônio.

Fraternalmente,

Derim e Evanda
Conselheiros Gerais dos Casais


GRAÇA E PAZ!


20:30h – Oração
Em sintonia com o que foi refletido.

21:00h – Caminhada Discipular.

- Convites para o próximo Discipulado de Casais (quartas semanas), Siloé, Discipulado Mensal (terceiros domingos), etc.

Orientar que podem convidar outros casais para o Discipulado de Casais que acontece todas as quartas semanas (esses encontros de evangelização abertos).

- Aniversariantes do mês.

21:30h – Despedida

Mesa da Partilha - Lanche (opcional)

Postagem: Rizete




Somos convidados a seguir Jesus Cristo e fazer com que o Senhor seja conhecido em todo o mundo!
convidemos mais irmãos para estar conosco e participar da mesma alegria.

Discipulado de Casais 25 07 13


Encontro Aberto para todos casais

Dirigência: Casal-Articulador

Local: Sede das Extensões

Carta Aberta do Casal-Conselheiro do Discipulado de Casais
 
Palavra de Deus: Lucas 10,38-42


Você como Marta anda preocupado(a) e agitado(a) com muitas coisas?

Faça como Maria, nesse retiro dê a oportunidade para Jesus. Ele quer acalmar todas as intempéries do seu coração, da sua vida, do seu matrimônio e da sua família. Se organize no seu trabalho, na sua família e faça como Maria. Sente o seu coração diante de Jesus para escutá-lo. Peça no Espírito Santo e Ele o ajudará nesses dias de retiro (16, 17 e 18 de agosto) a verdadeiramente se desligar de todos os seus afazeres e compromissos para ouvir o seu mestre e pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Se nós realmente sentarmos esses três dias de retiro diante de Deus com o coração aberto, com certeza, Ele dirá que nós escolhemos a melhor parte e essa não nos será tirada.

Talvez você pense e esteja arranjando muitas desculpas, muitos empecilhos para não ir ao retiro, mas, Jesus será sempre Jesus com ou sem você. 

Meu irmão da Fraternidade de Casais, caso você decida não ir ao retiro, a Graça de Deus lá estará não só para você, mas para todos que lá permanecerem. Mas os que não forem perderão a oportunidade de reavivar seu matrimônio. 

No dia a dia dentro do DJC vocês estão se reavivando individualmente como discípulo. E como casal? E para partilhar suas dificuldades na convivência conjugal diante de Jesus Cristo?


Jesus não obrigará ninguém estar neste retiro. Ele vai esperar como o Pai que esperava todos os dias por aquele filho. Chorava de saudade até que um dia seu filho resolveu voltar. Assim é Jesus que espera ansiosamente por esse retiro todos os anos para realizar maravilhas de salvação na vida de cada casal do Discipulado.

Jesus quer curar nosso coração, nosso casamento, nossas mágoas e ressentimentos que sem percebermos vão se acumulando dentro do nosso coração. O próprio Jesus se retirava para escutar melhor o Pai. E Ele nos ensina, também, que devemos nos retirar para nos colocar inteiramente em sua presença.

Participem conosco desse momento forte de muita espiritualidade, muita graça e muita benção.

Fraternalmente,

Derim e Evanda 
Casal-Conselheiro dpo Discipulado Local de Casais

Reunião do Corpo de Apostolado - Julho de 2013


Discipulado de Jesus Cristo

Discipulado Local de Casais

Reunião do Corpo de Apostolado do Discipulado de Casais

Dia 11 de Julho de 2013

Nas Sedes das Extensões

Participação: Discípulos Servidores e Discípulos Estagiários

Dirigência: Casal-Articulador dos Casais

19:00h – Acolhida / Louvor

19:15h – Súplica ao Espírito Santo

19:30h – Palavra de Deus (Marcos 4,35-41), meditação e partilha em oração

19:45h – Formação

          No Evangelho, há um fato que pode servir de exemplo: quando os discípulos de Jesus estavam em alto mar e foram atingidos por uma forte ventania e grandes ondas que se lançavam dentro da barca onde estavam, o medo tomou conta do coração deles, então ficaram apavorados, inseguros, desesperados. O texto diz que Jesus dormia na parte de trás do barco. Assim, nesse sentido, talvez pareça que Jesus esteja dormindo enquanto você vive uma situação; provavelmente, a ventania e as ondas estão ficando cada vez mais fortes em sua família, na situação da sua saúde ou da sua condição financeira a ponto de ter a sensação de que não agüentará. Possivelmente, você já está apavorado, com medo, inseguro, e a sensação terrível é de que Jesus está dormindo, que não escuta o seu clamor e que o milagre não virá. Os discípulos também viveram isso. Digo a você, não desista, não pule do barco, não pense que a resposta, a solução está em homens, não volte atrás, permaneça com o Senhor e, pelo seu clamor, desperte Jesus para a sua realidade. Estas foram as atitudes dos discípulos, que acordaram Jesus e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que estejamos perecendo?” (Mc 4, 38).
        Eles poderiam ter pulado do barco, e até mesmo deixado a coisa acontecer e aceitar as circunstâncias, correndo um risco iminente de morte; porém, mesmo com medo, eles se aproximaram de Jesus, inseguros, e acordaram-no questionando. Diante das circunstâncias da sua vida você deve agir e caminhar em direção a Jesus pela oração e pelo clamor, pedindo a intervenção e suplicando que Ele mude a situação, pois só Ele tem a resposta, só Ele pode mudar a sua realidade e fazer o milagre acontecer.
         Foi exatamente o que Ele fez no episódio acima do Evangelho, levantou-se e repreendeu o vento e o mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento parou, e fez uma grande calmaria (Mc 4,39). Tal calmaria apenas pode ser promovida por Jesus, mas é preciso confiar a Ele tudo, sem colocar reservas. É necessário sempre buscá-lo de todo o coração e ter a coragem de elevar ao Senhor o louvor, a adoração, a súplica, a ação de graças, sem medo de pedir, de suplicar, de interceder, esperando sempre o mover de Deus.
          Algo importante deve ser compreendido nesse evento acontecido com os discípulos, pois nos traz um grande ensinamento para os momentos difíceis, que batem à nossa porta quando menos esperamos. Jesus estava com os discípulos naquela tormenta, portanto não estavam sozinhos, mas giram como se estivessem, ou como se o Senhor não estivesse se importando com a dificuldade que vivenciavam. O que foi mencionado acima sobre despertarmos Jesus pelo nosso clamor e pela nossa oração é ratificado, mas temos que crescer em esperança e fé, com a presença do Senhor em nossa vida, o que faz uma imensa diferença. Mesmo que a tempestade esteja forte, as ondas se agitem muito e o vento sopre com muito mais força, precisamos ter a certeza e a confiança de que superaremos tudo, pois o Senhor está conosco. Se formos surpreendidos por dias difíceis, por realidades complicadas, por situações humanamente impossíveis, temos que depositar nossa confiança e fé no Senhor Jesus. Por causa do desespero, ou seja, pela falta de confiança e esperança nele, que Jesus questiona os discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4,40).
Caso lhe falte fé, meu irmão, minha irmã, peça ao Senhor com a certeza de que Ele dar-te-á. Não se acomode, não baixe a guarda, ore com muita intensidade, clame ao céu pela situação que você vive, busque a Deus com todo o seu coração, com toda a força da sua alma, esteja confiante na presença do Senhor e deixe-o te conduzir. Ele é Deus forte, poderoso, a Ele todas as coisas obedecem, é Senhor do vento, das ondas, tem o domínio sobre todas as coisas. Ele é o Senhor da gravidade, da natureza, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creia Nele, espere, busque a Ele e verá o que o Senhor é capaz de fazer por você. Depois da experiência que fizeram com o Senhor naquela situação limite, os discípulos disseram uns aos outros: “Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?” (Mc 4,41). Esse é JESUS: aquele que é digno de todo louvor, toda honra, toda glória; aquele cujo domínio está sobre todas as coisas, é o Salvador, o Redentor, Senhor dos Senhores, Príncipe da Paz, Alfa e Ômega, Principio e Fim de tudo. Confie toda sua vida a Ele: JESUS, a resposta para tudo.
Padre Roger Luis

20:30h – Oração (em sintonia com a Palavra de Deus e a formação)

20:45h – Caminhada Discipular
- Avisos (Confraternização Paulina, dia 28 de julho, a partir das 14h, na Fraternidade de Aliança, em Mucunã). Na Missa vai haver os Bons Propósitos dos Discípulos Servidores.
- Aniversariantes  

21:30h – Despedida / Encerramento

Reunião do Corpo de Apostolado Extensional do Discipulado de Casais - Junho de 2013


Data: Segunda quinta-feira de junho de 2013
Local: Sede das Extensões
Participação: Somente os Discípulos Servidores e Discípulos Estagiários do Discipulado de Casais
Dirigência: Casal Articulador


19:00h – Acolhida e Oração inicial (louvor e súplica ao Espírito Santo)

19:15h – Palavra de Deus (Jo7,37-39) e partilha em oração

19:30h – Formação (entregar cópia da formação para cada discípulo)

“No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: ‘ Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a escritura: do seu interior manarão rios de água viva’. Dizia isso, referindo-se ao espírito que haviam de receber os que crescem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo7, 37-39).

Não importa a situação que vivemos. Tudo tem jeito e é de graça, porque é a própria graça. Nesse trecho do Evangelho, Jesus nos diz de modo fenomenal, aproveitando a grande festa das luzes, a festa das tendas. No principal dia da festa, o mais solene, Jesus deu esse grito: quem tem sede, venha a mim e beba, quem crer em mim, do seu interior jorrarão rios de água viva. Dizia isso referindo-se ao Espírito Santo que ainda não tinha sido dado.

Temos essa sede no fundo do coração. A humanidade inteira tem sede de Deus e busca saciar essa sede profunda no lugar errado, com as águas barrentas que o mundo vende. Assim, nos abastecemos de água morta, suja, contaminada.

Nós, que temos sede, para que lado vamos? Onde estamos buscando? Na nova era? Nas falsas religiões? Na religião que não nos compromete? Na astrologia? No ter, no poder, no prazer? Que água estamos bebendo? Enquanto nos saciarmos com a água barrenta do pecado, dentro de nós fluirá um rio de águas mortas, que é o ódio, o desamor, a mentira, o pecado; é o que transforma nossa vida num túmulo.

Quando não permitimos nos conduzir no Espírito Santo de Deus, somos pessoas sem vida, pessoas amarradas, sem ideais, fracas, que desistem ao primeiro obstáculo. Se não saciarmos nossa sede no coração desse Senhor que nos ama, não jorrará em nós esse rio de água viva.

Esses três versículos de São João – “Aquele que crê em mim, bebe”, “Quem tem sede venha a mim, e beba quem crê em mim”, “e quem crê e beber, do seu interior jorrarão rios de água viva” – mostram a dinâmica do Espírito. Por isso, nos Atos dos Apóstolos, São Lucas fala do Espírito como força do alto, como dínamos – máquina que transforma a energia mecânica da água em eletricidade. O Espírito é essa força do alto, porque entra em nós como a água que entra na turbina, no dínamo e o faz girar a uma velocidade incrível, gerando eletricidade.

O Espírito Santo, para produzir em nós esses rios de água viva, faz a vida e pega a força da água. Para saber quais rios de água viva são esses, basta observar uma pessoa, de fato batizada no Espírito Santo. Do seu interior, jorram rios de água viva. São Paulo faz uma lista desses rios. Aquele que se deixa conduzir pelo Espírito produz os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, bondade, docilidade, temperança, mansidão, fidelidade, firmeza, castidade, persistência (cfGl5, 16ss). Aquele que diz ser um homem ou mulher de Deus, mas não se deixa conduzir pelo Espirito Santo, também produz frutos... Aquele que acolhe o Espírito produz os frutos da resistência ao Espírito, como desamor, mentira, ódio, impureza, fofoca, calúnia...Que frutos estamos produzindo?

Conhecemos uma árvore não pela casca, mas pelos frutos. Que frutos as pessoas que convivem conosco percebem em nós? “Ah, mas sou uma pessoa fraca”, podemos dizer. Louvado seja Deus por termos chegado a essa conclusão. Segundo São Paulo, essa é a única condição para beber da fonte de água viva. O Espírito Santo só pode vir em auxílio da nossa fraqueza. Se somos fracos, podemos ser cheios do Espírito Santo.

A natureza geme como a mulher nas dores do parto, esperando a redenção (cfRm8, 22-27). Ela está contaminada pela falta do Espírito Santo em nós. Sem Ele, o homem e a mulher deixam rastros de morte por onde passam. Mesmo com relação aos animais e às plantas, o homem sem o Espírito Santo é devastador. Por isso a grande ecologia é o cuidado com o ser humano. De nada adianta proteger a natureza se o ser humano deixa rastros de morte. A natureza geme, esperando ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus, o batismo do Espírito, por que não sabemos o que pedir e muito menos como pedir, e precisamos aprender com urgência.

Quando Paulo nos fala dos gemidos inefáveis do Espírito, não se refere somente ao dom das línguas. Esses gemidos inefáveis são os frutos do Espírito. Há uma analogia entre a Carta aos Gálatas e a Carta aos Romanos. No capítulo 8 de Romanos, Paulo fala do Espírito Santo dezenove vezes. O Espírito Santo em auxilio à nossa fraqueza e reza em nós com gemidos inefáveis. Mas se vivemos na resistência, o Espírito Santo não chega até nós, porque nos julgamos fortes demais.

Como o Espírito Santo pode trabalhar num coração que julga não precisar de Deus? Qual é a qualidade da nossa oração? O que é rezar? Se o espírito inspirou a Bíblia inteira, todas as orações nela existentes são por Ele inspiradas. Essas orações bíblicas são verdadeiras brigas com Deus.

A oração de Moisés, por exemplo, é uma briga linda com Deus. Quando desceu da montanha com as tábuas da lei e encontrou o povo adorando o bezerro de ouro, fato que despertou a ira de Deus, Moisés disse: “Mata o povo, e os pagãos vão dizer que o Senhor tinha ódio do povo, que o Senhor os tirou do Egito, mas não conseguiu salvá-los”.

E a oração de Abraão quando Deus iria destruir Sodoma e Gomorra:
- Senhor, se houver cinqüenta justos, o Senhor é capaz de matar?
- Não cinqüenta não.
- Mas, se houver quarenta e cinco?
- Não, quarenta e cinco não.
- E quarenta?
- Não.
- Desculpe a insistência, mas talvez existam trinta.

É a oração que Deus entende, nada do tipo “Oh, Senhor, eu te louvo! Aleluia! Glória a Deus!”. Jesus repetindo em Isaías, diz: “Esse povo me louva com os lábios, mas os seus corações estão longe”. Não essa a oração que Deus quer. O Espírito que geme em nós com gemidos inefáveis abre o coração diante de Deus.

E o livro de Jó? É um livro classificado como sapiencial, mas na verdade é profético, porque, mesmo perdendo tudo, Jó ensina a confiança e o diálogo com Deus. Jesus, o filho de Deus, perdeu muito mais que Jó e foi além dele, cumpriu à risca tudo da profecia de Jó. É maravilhoso. Jó nos mostra que ele tem um porto seguro com o qual devemos aprender. Quando chega o sofrimento, a dificuldade, ele fala quase sem fôlego: “Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei. Oh, Senhor Deus, o Senhor tirou. Louvado seja o Senhor!”.

Jó perdeu tudo, mas fala a Deus com sinceridade. Então vêm seus três amigos e dizem: “Não, não se pode falar assim de Deus. Se você está mal é porque fez alguma coisa errada, senão Deus não lhe mandaria desgraças”. “Se existe alguém que errou aqui, então foi Deus, porque eu não fui”. Disse Jó. E os três dizem: “Não, você não pode falar assim de Deus, cale-se!”. Os três amigos viviam defendendo Deus e Jó, em oração brigava com Ele.

Quando Deus reaparece em cena, Ele condena os três amigos: “Esse povo me louva com os lábios...”. Os três amigos não eram amigos de Deus, eram aduladores, e há uma diferença entre adorar em Espírito e em verdade e adular no espírito da mentira. Deus não quer puxa-sacos. Deus não precisa de gente com o coração fingido.
Devemos mostrar a Deus nossa fraqueza. Contudo, sempre iremos encontrar na história os defensores de Deus, os fariseus, os doutores da lei. Estes, para defender Deus, como os amigos de Jó, foram capazes de crucificar Jesus.

Se Jó perdeu mulher, filhos, saúde, Jesus foi capaz de perder a vida. Jó recuperou tudo e Jesus, na ressurreição – grande período pascal que termina em Pentecostes -, nos trouxe não só o que Jó ganhou, mas também a vida plena, a vida eterna. Deu-nos a fonte, que o seu coração, que jorra essa água viva.

A grande condição é essa: deixar de bajular Deus. Ele não é político, não precisa de grupos contratados para aplaudi-lo. Deus não quer uma oração falsa de nossa boca: “Oh, meu Senhor eu te louvo!”. Se estivermos no fundo do poço, não falemos heresias, mas digamos: “Oh, meu Senhor, eu estou com raiva, eu estou triste, eu estou com problemas, meu Senhor!”. Somente aquele que é amigo de Deus pode rezar assim. Está no dogma de fé católica. Deus fala aos homens como fala a amigos. E com amigo não deve haver fingimento.

Deus Não escuta oração de gente fingida. Por isso, o profeta lembra: “Eu estou horrorizado, me enoja ouvir essas músicas, esses hinos, isso não chega ao meu ouvido, porque o coração de vocês está longe”. Há quem louve a Deus assim: “Oh, Senhor, eu te louvo e te bendigo por ter feito uma pessoa tão maravilhosa quanto eu, o Senhor deve ser feliz de me possuir como filho, como o Senhor deve ser realizado por ter sido o meu criador”. Vê-se que a pessoa se acha o máximo. É a oração dos adoradores, dos bajuladores, mas não é a oração do Espírito. A oração do Espírito é rasgar o coração diante de Deus. O Espírito Santo vem em auxilio à nossa fraqueza.

Se reconhecermos nossa fraqueza, recorremos a Deus. Quem é fraco tem a coragem de se ajoelhar diante de Deus. Se não tivermos calos nos joelhos, não teremos chegado ao fundo do poço, não teremos feito tudo ainda. Será que já fizemos tudo para salvar o casamento, o filho, a empresa?

O Espírito Santo vem em auxilio à nossa fraqueza. Quando estamos fracos, não paramos em pé. O cristão nunca pára em pé, só pára de verdade quando está ajoelhado, porque encontra o Espírito Santo e recebe força do alto. É triste quando existem católicos que não se ajoelham nem na hora da consagração, reclamando de dores no joelho. Somente quando tivermos calos nos joelhos estaremos falando de Deus, e só tem calos no joelho quem sabe que precisa, quem é fraco.

Como o mundo não gosta de gente fraca, criamos máscaras, pois achamos que temos que ser o melhores. O único jeito de ser melhor em Deus é arrancarmos a máscara e nos mostrar do jeito que somos inclusive com nossas fraquezas. Banhados pela água viva do Espírito, até nossas fraquezas podem tornar-se bênçãos para aqueles que estão ao nosso lado.

Cabe contar aqui a história dos dois vasos. Um homem sempre pegava água elevava-a para o rei. Ele tinha uma mula, uma cangalha, um jacá e dois vasos grandes.

Todos os dias ele fazia a mesma coisa: andava três ou quatro quilômetros com a mula, enchia os dois vasos de água e levava-os para encher os tonéis do rei. Um daqueles vasos, porém, estava rachado até a metade. Então, todos os dias o outro vaso perguntava-lhe:

- Quantos litros você conseguiu levar?

Enquanto o vaso inteiro levava cem litros de água, o vaso rachado carregava cinqüenta litros, sendo que todo dia o dono do vaso enchia os dois com cem litros. No entanto, um chegava com os cem litros, o outro com apenas sessenta ou cinqüenta. Esta era a maior humilhação do vaso rachado e por isso foi entristecendo. O vaso perfeito perguntava-lhe todos os dias:

- E hoje, conseguiu levar ao menos sessenta? Você já percebeu que é um peso, um vaso rachado, feio, estragado.

O patrão percebeu que o vaso estava triste, mas não sabia que ele falava. Um dia, ele pôs a mão no vaso e pensou em voz alta:

- Por que esse vaso está com essa cara triste?

- E o vaso aproveitou e falou:

- Sou um vaso estragado! Sou um vaso rachado! Não sei por que o Senhor está comigo até hoje. Toda noite tenho que escutar o outro vaso e fico pensando: “por que o Senhor não me joga fora?”

- Amanhã, quando formos buscar água, em vez de você ficar de cabeça baixa como você sempre fica, olhando para si mesmo, quero que você dê uma olhadinha ao longo da estrada.

Naquele dia, ele percebeu que a estrada do seu lado era florida e, do outro lado, seca. O homem, ao notar que o vaso estava rachado e vazava água pelo caminho, aproveitou para semear flores. Assim, enquanto levava o que conseguia, o vaso rachado regava todo dia o caminho.

Deus não quer que cheguemos ao céu como um vaso cheio. O cristão nasceu para regar, com a água viva do Espírito Santo, o seu caminho e o dos outros. Esse é o verdadeiro sentindo da nossa vida: talvez sejamos um vaso estragado, rachado, mas precisamos deixar essa fonte de água viva nos encher, porque, apesar de rachados ou quebrados, seremos um vaso cheio do amor de Deus, e dentro nós brotará um rio de água viva que deixaremos pelo caminho.

Todos nós recebemos o dom do Espírito Santo, mas existem alguns vasos que são tão fechados e se julgam tão importantes que a água dentro deles se estraga. Precisamos deixar o Espírito Santo agir em nós com a nossa fraqueza. Não há outro caminho de descobrir essa grande força. Precisamos reconhecer essa fraqueza. Se formos um vaso rachado, mas que semeia e rega as flores, faremos com que o caminho dos outros seja mais bonito. Esse é o sentido da vida!

Se tentarmos ser melhores isoladamente, não conseguiremos. Se, por outro lado, formos fracos, mas deixarmos o Espírito Santo agir em nós, Ele nos dará vida plena. Por isso é preciso aprender com Jesus. Ele mesmo, como lembra a Carta aos Hebreus, apresentou-se a Deus com gemidos, lágrimas, orações e súplicas. Não que tivesse cometido pecado, mas, por amor, Deus o fez pecado por nós, fazendo-o participar da fraqueza humana. A grande esperança, a vigília de Pentecostes, abre-nos um horizonte maravilhoso. Assim, ainda é tempo de abrir o coração, não importa se somos vaso quebrado.

A inovação não é o melhor caminho, porque significa jogar fora o que é velho e pegar o novo. O melhor é a renovação, porque renovar é consertar, restaurar. Que trabalho magnífico é uma obra de restauração: quando o artista tem em mãos uma obra de arte estragada, ele pode inovar, pintar por cima, mas, ao restaurar a imagem, ele precisará limpá-la, fazer um estudo, descobrir a cor e o projeto original, e refazê-la.

O Espírito Santo, o novo Pentecostes, é o amor de Deus que quer restaurar nossa vida, nossa família, nossa sexualidade, nossa afetividade, nossos relacionamentos, nossa fé. Não importa se tudo esteja quebrado.

Mas, de uma vez por todas, precisamos tirar a máscara! Não adianta de nada ostentar essa máscara que o encardido nos coloca, dando a entender que tudo está bem, que tudo está maravilhoso. O Espírito Santo sabe muito mais, e essa é a tristeza de Deus. Como Deus deve ficar triste ao nos olhar e ver que o projeto original é bem diferente. O nosso projeto original é Jesus de Nazaré.

Deus fez cada um de nós á sua imagem e semelhança do seu Filho. Porém, quando nos olha, hoje, vê uma máscara. Por trás dela, encontra pessoas despedaçadas, cada vez mais semelhantes ao encardido, afinal, nos assemelhamos àquele a quem obedecemos. Deus quer gravar, no profundo do nosso coração, o seu amor, e é isso que celebramos no Pentecostes. Hoje, Jesus olha para cada um de nós e grita: “Quem tem sede venha a mim”.

Abra o seu coração:
Estou aqui, Senhor, despedaçado, ferido, machucado, prostituído, drogado, contaminado, estou aqui, nas trevas do pecado. Até hoje tentei empurrar a vida com a barriga, tentando ser uma pessoa forte porque precisava mostrar para os outros uma aparência. Hoje eu não agüento mais, Senhor. Daqui para frente, quero ser uma pessoa nova, restaurada, custe o que custar. Arranque todo mal, Senhor, e me faça esse homem novo, essa mulher nova. Cumpra essa promessa.

Você quer rezar no Espírito Santo? A grande oração que o Espírito Santo nos ensina é a oração da sinceridade. É preciso abrir o coração com sinceridade. É preciso abrir o coração diante de Deus e dizer: “O meu coração está sujo, enrijecido como pedra, sem amor, mas quero e preciso amar, preciso ser essa pessoa nova, Senhor”.

Essa é a única saída. Você está doente? Reze. Você é drogado? Reze. Você comete pecados? Reze ainda mais. O pecado já foi vencido? Reze. Foram muitas as vitórias? Reze. A família vai bem? Reze. Este é o único jeito de está nas mãos de Deus.

Jesus disse: “Vocês que são maus sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai não vai dar”. O Pai quer nos dar o Espírito Santo. A natureza geme, sofre. Quando vemos a natureza destruída, os rios contaminados, as árvores cortadas; quando vemos o que as enchentes provocam, em vez de culpar as autoridades públicas devemos olhar para nós mesmos e dizer: “Quem sabe a natureza não está gemendo desse jeito por minha causa?”. Porque ainda não deixamos essa fonte de água viva entrar no nosso coração. Precisamos do Espírito Santo e não queremos ser uma pessoa mascarada.

Padre Léo, SCJ

20:30h – Oração (em sintonia com a formação)

20:45h – Caminhada Discipular (Orientações para a vida e missão dos Discípulos Servidores, lembrar que na quarta quinta-feira o Discipulado de Casais será aberto para integrar as Fraternidades de Casais entre si e acolher novos casais interessados, preparar ou ao menos encaminhar como vai ser o encontro aberto, aniversariantes, etc)

21:30h – Encerramento / Despedida

Postagem: Rizete